Este é o primoroso, o soneto-resposta do grande poeta, com o mesmo título, "Prece",
um soneto em que há, a um tempo, beleza, perfeição, humildade, arrependimento, remorso e desespero:
" A resposta de Olavo Bilac "
Durma, de tuas mãos nas palmas sacrossantas,
o meu remorso. Velho e pobre, como Jó,
perdendo-te, a melhor de tantas posses, tantas,
malsinado de Deus, perdi... Tu foste a só!
Ao céu, por teu perdão, a minha alma, que encantas,
suba, como por uma escada de Jacó!
Perdi-te... E eras a graça, alta entre as altas santas,
a sombra, a força, o aroma, a luz. . . Tu foste a só!
Tu foste a só!. . . Não valho a poeira que levantas,
quando passas. Não valho a esmola do teu dó!
- Mas deixa-me chorar, beijando as tuas plantas,
mas deixa-me clamar, humilhado no pó:
Tu, que em misericórdia as Madonas suplantas,
acolhe a contrição do mau. . . Tu foste a só!
Cara Patrícia,
ResponderExcluirMinha segunda postagem sobre uma mulher poeta em meu blogue "Literatura em vida 2" foi sobre Amélia de Oliveira. E, seguindo a linha que me orienta, ou seja, subverter o cânone literário, que é patriarcal, comentei também uma carta de Bilac. Convido-a a ir diretamente à postagem para ler (o endereço está abaixo).
Um grande abraço,
Eliane F.C.Lima
http://literaturaemvida2.blogspot.com/2009/09/literatura-de-ontem-2.html
Estou seguindo seu blog...lindo!
ResponderExcluirComo já disse em outro comentário, naquela época era assim mesmo, as mulheres eram subjulgadas aos homens, minha avó contava histórias incríveis sobre Alberto, Amélia e Olavo...nossa!! Eu viajava no tempo.
Minha tia Maria Amélia( viva, graças a Deus, também escreve coisas lindas...
Terei imenso prazer se receber sua visita aqui mais vezes, você escreve muito bem.
Um abraço,
Patricia Metzger