terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Só!!

Sem conseguir enxergar a luz...                                                             no fim do túnel!! 
Despedaçada...
solitária...


Patricia Metzger

sábado, 11 de fevereiro de 2012

COMPARAÇÃO

Meus olhos já viram o brilho do sol por sobre o mar,
Já viram o mesmo brilho em nuvem se ocultar,
Viram rio a correr e a cair...
Cair tão alto...e continuar.
Com minha fé, vi montanha se mover,
Vi, para espanto meu, o céu chorar...
Chorava tanto, que já soluçava
Igual a mim.
Chorava e não calava.
Até que um arco-íris apareceu
Que motivos tinha o céu para chorar?
Não sei dizer porque chorava o céu
Só sei dizer que todo pranto meu
Continua turvando o meu olhar
Até o dia que eu A encontrar
Esse milagre irá selar a fé
Secará os meus olhos para sempre
E esquecerei de vez essa mulher.
( Maria Amélia )
Será comparação? ou será traição?
Isso só ela poderá responder...

Patricia Metzger
11/02/2012

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Contradição


Do que eu gosto, poucos vão gostar
Gosto do vento que arrebata tudo
Adoro a chuva com seu canto frio
Da fria noite calma sem luar.


Gosto de ver o sol morrer aos poucos
Para que luzes as estrelas possam ter
Para que eu sinta a paz e o silêncio
Que durante o dia eu não pude ter.


Gosto de ver árvores secas e sem folhas
Gosto de ver cair água do céu
Gosto da rosa porque tem espinhos
Prefiro o amargo ao doce mel.


Gosto de ouvir o choro da criança
Gosto de ver a gota do orvalho
Que pendurada se espatifa ao chão
Gosto e quero sentir o abandono
Acompanhado da calma solidão.


Gosto da morte mais que o nascimento
Gosto do fim mais que o começo
Gosto da terra, gosto mais do céu...


Gosto do céu porque não posso tê-lo
Não posso nem sequer compreender
Porque foi o céu o escolhido
O lugar santo para Deus viver.


Maria Amélia de Oliveira Bento ( minha tia)

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

SAUDADES

Hoje vi seu retrato pendurado na parede do meu interior,
Preto e branco, mas a penumbra não me deixava ver seu rosto
As velas acesas no candelabro,consumidas pelo tempo da espera,
Refletia a dor da saudade
Saudade do que vivemos
Ou do que nunca existiu...
Quem é você que invade meus sonhos e me angustia.
Fecho os olhos e sinto a música suave dentro de mim...
Fora.
Apenas o silêncio á espera de um suspiro,
De um reencontro.
As cortinas brancas balançam,
Pelo vento frio que vem da janela
Esquecida aberta.
Sinto na boca o gosto do vinho
E seus lábios sorvendo o gosto na minha boca.
O sabor do vinho doce
Se transformou em vinagre.
O sol entra pelas frestas
E é nesse exato momento
Que desperto para o presente
E te deixo no passado
Em algum lugar do passado.

Patricia Metzger